A dança da guerra
Fazer a dança da guerra é primitivo. Vem lá dos primórdios da humanidade. Os índios dançavam (dançam) antes do combate. Os zulus africanos dançam. Os maoris australianos dançam. Todos expressam na dança os movimentos que comporão a convulsão do guerreiro, feito um balé algo macabro.
Mesmo durante a II Guerra Mundial, não raro se promoviam bailes grandiosos na Europa nas cidades ocupadas para celebrar o que quer que fosse. Os militares de alta patente dançavam valsas vienenses como se expusessem, com isso, os méritos (contestáveis) de suas conquistas e batalhas vencidas.
Eis que, portanto, não é novidade dançar sobre o solo inimigo e proclamar, com isso, de uma forma sórdida, a rendição daquele solo, literalmente, aos pés de quem dança.
Foi o que fizeram seis soldados israelenses durante patrulha em rua de Hebron (Cisjordânia), em território ocupado que é reivindicado pela Autoridade Nacional Palestina. A despeito de declararem tratar-se de uma brincadeira, os militares de Israel deverão ser punidos. O vídeo - "Battalion 50 Rock the Hebron Casbah" - foi colocado no YouTube pelos próprios soldados neste último domingo e, horas depois, havia sido retirado. Mas já era tarde: diferentes versões circulavam pelo próprio YouTube, Facebook e blogs, como a versão abaixo.
No vídeo, os seis soldados ensaiam uma coreografia canhestra ao som de "Tik Tok", da cantora norte-americana Ke$ha, em pleno território ocupado de Hebron.
Em outro vídeo polêmico, marines norte-americanos dançam "Just Dance", de Lady Gaga, e exibem armas, munições e uma pretensa descontração no Afeganistão e no Iraque, conforme você pode ver nas cenas a seguir, num mesmo ritual de ocupação e que significa, da mesma forma, a dança da guerra sobre o país ocupado:
Particularmente, prefiro a versão do ABBA, "Soldiers", feita para o balé ABBAllet, em 1984, numa versão dirigida pelo próprio ABBA. Abaixo, alguns fragmentos dessa versão.
De resto, dançar em solo invadido e ocupado é, de certa forma, quase como urinar no rosto do oprimido. É tão humilhante quanto.
Mesmo durante a II Guerra Mundial, não raro se promoviam bailes grandiosos na Europa nas cidades ocupadas para celebrar o que quer que fosse. Os militares de alta patente dançavam valsas vienenses como se expusessem, com isso, os méritos (contestáveis) de suas conquistas e batalhas vencidas.
Eis que, portanto, não é novidade dançar sobre o solo inimigo e proclamar, com isso, de uma forma sórdida, a rendição daquele solo, literalmente, aos pés de quem dança.
Foi o que fizeram seis soldados israelenses durante patrulha em rua de Hebron (Cisjordânia), em território ocupado que é reivindicado pela Autoridade Nacional Palestina. A despeito de declararem tratar-se de uma brincadeira, os militares de Israel deverão ser punidos. O vídeo - "Battalion 50 Rock the Hebron Casbah" - foi colocado no YouTube pelos próprios soldados neste último domingo e, horas depois, havia sido retirado. Mas já era tarde: diferentes versões circulavam pelo próprio YouTube, Facebook e blogs, como a versão abaixo.
No vídeo, os seis soldados ensaiam uma coreografia canhestra ao som de "Tik Tok", da cantora norte-americana Ke$ha, em pleno território ocupado de Hebron.
Em outro vídeo polêmico, marines norte-americanos dançam "Just Dance", de Lady Gaga, e exibem armas, munições e uma pretensa descontração no Afeganistão e no Iraque, conforme você pode ver nas cenas a seguir, num mesmo ritual de ocupação e que significa, da mesma forma, a dança da guerra sobre o país ocupado:
Particularmente, prefiro a versão do ABBA, "Soldiers", feita para o balé ABBAllet, em 1984, numa versão dirigida pelo próprio ABBA. Abaixo, alguns fragmentos dessa versão.
De resto, dançar em solo invadido e ocupado é, de certa forma, quase como urinar no rosto do oprimido. É tão humilhante quanto.
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